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5.10.09

A Morte da MPB!!

Os anos 90 serão quase a morte da MPB. A massificação promovida pelas rádios FMs e pela mídia em geral em torno de “artistas” e produtos musicais bestiais como Amado Batista, É o Tchan, Tiririca, Os travessos, Tiazinha, BSB, Talita, e aqui a lista não terminaria nunca, parece querer destruir toda a nossa história musical belíssima. Apenas alguns artistas com trabalhos mais sólidos conseguem vender discos que não sejam na linha desses citados. Caetano Veloso, Gilberto Gil e alguns outros continuam compondo no velho estilo MPB, uns mais outros menos dependendo do estado de suas contas bancárias. O Rock sobrevive a esta crise. A MPB quer se renovar. E agora já no final desses duríssimos anos 90 (chega de porcarias de pagodes, de bunda music e de preguice!!!!!) algum luz parece vir do final do túnel da MPB. Nomes como Adriana Calcanhoto, Marisa Monte ou Zeca Pagodinho são muito bem vindos, e que venham mais destes pois a batalha contra essa música de mal qualidade esta apenas se iniciando.

Gilberto Luis Lima Barral, Usina de Letras, 08/08/2000

A morte e a morte da canção

Vamos falar sério então: a canção acabou? Como o Quincas Berro D’Água de Jorge Amado, a canção morreu duas vezes. E com um intervalo de 40 anos. A primeira morte foi política. A ditadura militar deixou bem claro em 1964 que o suave sonho bossa-novista tinha acabado e que a canção engajada do Centro Popular de Cultura, o CPC, não tinha mais lugar. ... A segunda morte da canção aconteceu quarenta anos depois e foi, aparentemente, de morte morrida. O legista a dar o laudo -ou a questão para pensar- foi nada menos que Chico Buarque, em uma entrevista à “Folha de S. Paulo”, de dezembro de 2004. É verdade que seu laudo foi menos peremptório do que o de Tinhorão, que já havia dito coisa semelhante em uma entrevista também à “Folha de S. Paulo”, de agosto do mesmo ano. Mas morte é morte. ... A pergunta é então inevitável: será que o que morreu não foi a canção tal como inventada nos últimos 40 anos?

Coletivo MPB, Trópico.