Mostrando postagens com marcador música. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador música. Mostrar todas as postagens

5.10.09

O fim da música

Assim como Fukuyama proclamou o "fim da história", pode-se dizer que estamos vivendo o "fim da música". Não no sentido apocalíptico ou de extinção, mas de saturação. Já temos música demais, há muito tempo, antes mesmo de todas estarem disponíveis na internet. Imagine que, no tempo em que você lê esta crônica, milhares de músicas, de todos os gêneros, estão sendo feitas no mundo inteiro e disponibilizadas na rede. Com certeza, apenas uma parte infinitesimal terá, por qualquer critério, alguma qualidade. O resto será puro lixo, apenas poluição sonora.

Nelson Motta, em coluna do Estadão 27/02/2009

A Morte da MPB!!

Os anos 90 serão quase a morte da MPB. A massificação promovida pelas rádios FMs e pela mídia em geral em torno de “artistas” e produtos musicais bestiais como Amado Batista, É o Tchan, Tiririca, Os travessos, Tiazinha, BSB, Talita, e aqui a lista não terminaria nunca, parece querer destruir toda a nossa história musical belíssima. Apenas alguns artistas com trabalhos mais sólidos conseguem vender discos que não sejam na linha desses citados. Caetano Veloso, Gilberto Gil e alguns outros continuam compondo no velho estilo MPB, uns mais outros menos dependendo do estado de suas contas bancárias. O Rock sobrevive a esta crise. A MPB quer se renovar. E agora já no final desses duríssimos anos 90 (chega de porcarias de pagodes, de bunda music e de preguice!!!!!) algum luz parece vir do final do túnel da MPB. Nomes como Adriana Calcanhoto, Marisa Monte ou Zeca Pagodinho são muito bem vindos, e que venham mais destes pois a batalha contra essa música de mal qualidade esta apenas se iniciando.

Gilberto Luis Lima Barral, Usina de Letras, 08/08/2000

A morte e a morte da canção

Vamos falar sério então: a canção acabou? Como o Quincas Berro D’Água de Jorge Amado, a canção morreu duas vezes. E com um intervalo de 40 anos. A primeira morte foi política. A ditadura militar deixou bem claro em 1964 que o suave sonho bossa-novista tinha acabado e que a canção engajada do Centro Popular de Cultura, o CPC, não tinha mais lugar. ... A segunda morte da canção aconteceu quarenta anos depois e foi, aparentemente, de morte morrida. O legista a dar o laudo -ou a questão para pensar- foi nada menos que Chico Buarque, em uma entrevista à “Folha de S. Paulo”, de dezembro de 2004. É verdade que seu laudo foi menos peremptório do que o de Tinhorão, que já havia dito coisa semelhante em uma entrevista também à “Folha de S. Paulo”, de agosto do mesmo ano. Mas morte é morte. ... A pergunta é então inevitável: será que o que morreu não foi a canção tal como inventada nos últimos 40 anos?

Coletivo MPB, Trópico.

4.10.09

Músicos temem a morte da tradição do jazz em Nova Orleans

"Podemos juntar uma banda de jazz de Nova Orleans, mas estamos preocupados com a próxima geração de músicos", disse Jaffe. "E se nenhum garoto retornar a Nova Orleans? A marca de Nova Orleans é que ela sempre passa suas tradições para a próxima geração."

Russel McCurley, Reuters, 22 de novembro de 2005

Link Completo

What the F**k Happened to Black Popular Music?

I am disgusted and sickened at how far our music has declined in the quality of the music and its message. How the hell did we get from Motown to Death Row; from Earth Wind & Fire to Ludacris; from Luther Vandross to 50Cent?

Kenny Drew, Jr., All About Jazz, 6 de abril de 2006

Link Completo

Prestes a voltar ao Brasil, vocalista do Pet Shop Boys diz que a 'música está morrendo'

... a música está morrendo, de certa forma, principalmente na Europa. Não que vá acabar, mas as coisas estão difíceis na indústria. É o fim de uma era, e a indústria está lenta para reagir a isso. É uma época difícil para se fazer negócios com música, porque gravar um disco demanda tempo e dinheiro, e não há mais o retorno que havia antes, então temos que pensar em alternativas urgentes.

Tom Leão, O Globo, 4 de outubro de 2009

Link Completo